quarta-feira, 25 de novembro de 2009

democracia e dinheiro

a letra dos dias tem sido a justiça. os processos em tribunal e a quantidade de arguidos desde o Caso Casa Pia, alimenta os jornais e as opiniões. São arguidos em processos que duram e duram até não sabermos quem é de facto culpado porque já não os julgamos a eles mas julgamos antes a justiça. Julgar a justiça é estúpido e perigoso. Tribunais e juízes confrontam-se com todo o tipo de argumentos e provas e contra-provas nestes casos tubarões (gente com poder), testemunhas reais e compradas, infindáveis artimanhas criadas na habilidade dos advogados a lidarem com lacunas e fraquezas da lei. São as leis que permitem estas brechas mas no caso dos pés-descalços todos sabemos que os julgamentos são rápidos e eficazes. Questiono mais a seriedade dos advogados que a dos juízes, a fraqueza da lei, a sua falta de clareza e os seus limites deixam ao critério de advogados sem escrúpulos todo o tipo de recurso. Bons advogados podem alterar a visão da verdade, podem fazer condenar inocentes e libertar criminosos e isso não é justiça. Veja-se o Caso Casa Pia, os desvios constantes ao essencial, a poeira lançada pelos advogados, nenhum esclarece seja o que for.Porque não há-de o Carlos Cruz ter um advogado desconhecido escolhido ao acaso? Toda essa gentalha só contribui para este clima de impunidade. O dinheiro assenta a democracia no banco dos réus. Não parece, mas é.

4 comentários:

Rui disse...

São duas as justiças. Ficamos todos mais pobres.

~pi disse...

tudo o que parece

é muito mais

do que

é,




~

via disse...

rui: é verdade, mais pobres.

~pi:exige um esclarecimento essa frase.please.

~pi disse...

falo dos "desvios constantes ao essencial",

basicamente como o disseste,

aí se condensam todas as questões pertinentes e

todas as interrogações do bom do povo

seja lá o que tal for, o povo,


????


~