quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Eça, para sempre.



O Eça na Relíquia zurze selvaticamente na sebosa parafernália da igreja e nos seus mecanismos de manipulação e auto-convencimento, chama-lhes rançosa trupe de cruzes, incensos, santinhos e rezas. De forma assaz mordaz acrescenta, a propósito do culto da vida dos santinhos e das peregrinações aos locais sagrados: "Conheço bem os sítios onde habitou esse outro intermediário divino, cheio de enternecimento e de sonhos, a quem chamamos Jesus Nosso Senhor - e só neles achei brutalidade, secura, sordidez, solidão e entulho." A tendência anticlerical produz a melhor literatura, isso, por si, chegaria para nos fazer pensar.

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