Eram sete e meia
hora dourada sem poetas ou touros mortos
a tiro de carabina.
Acidentalmente, ao redor da fonte
o contorno de uma cotovia
levanta um pouco de vento
sacudindo o pó ao mármore
simétrico das janelas cercas
onde supomos haver céu
Era hora de recomeçar
ouvir trinar o melancólico peito
enrolar um fio a jeito
e a seguir já sobre o balcão
limpar a faca de pão
da laranja aberta
e, quem sabe, pensar
(com alguma sorte)
que o café a ferver não vai sair muito forte.
5 comentários:
Gostei muito deste poema. Nele se misturam os imaginários: o real e o poético.
Uma boa semana.
Beijos.
Igualmente para si. Obrigada.
muito
cs: esses comentários são muito misteriosos.
gosto muito. Das palavras e da fotografia. Das palavras cruas e da delicadeza e fragilidade da fotografia. Sou uma preguiçosa com as palavras. Desculpa. cs
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