sexta-feira, 21 de agosto de 2015

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Sicília: no rasto do Etna

Taormina. Acústica rara, enquadramento belíssimo, os gregos tinham uma apurada sensibilidade estética.
Isola Bella. Água tépida e luminosa, pedras multo perigolosas!
Ortígia. O núcleo virado a mar da cidade de Siracusa. O calor. Como um seixo polido a harmonia das cores e das linhas a penetrar o passado, a sentir um vestígio e a caminhar muito devagar sobre ele.
O vulcão. olho presente, cíclope.
Caltagirone. Imperial e arenosa.                              
                             Etna. A seguir a terra. O magma adormecido volta-se lentamente no leito. Ao turista pré.fabricado resta a ilusão da máquina conseguir captar o  que o seu coração esqueceu.

O tom da Sicília, encontra-se entre o azul forte e doce do Mediterrâneo, o ocre das argilas e o negro da terra calcinada do vulcão. Há na paisagem uma inquietação, um desamparo à mercê da força telúrica brutal e cega . Aqui no sudeste da Sicília, o senhor da terra é o Etna e a sua respiração sente-se sobre as colinas, as crateras extintas, o carvão depositado de anteriores erupções que despejaram fumo negro sobre vidros e portas da cidade de Catânia. Mas a violência da terra é acariciada pelo calmo azul do mar, a tranquilidade translúcida e calorosa das suas águas dá a expressão ao temperamento Siciliano. Gentil mas imprevisível.