sábado, 14 de novembro de 2015


...mais mortes, mais guerra, mais vazio, mais espanto, mais perplexidade. Bogart dizia para Bergman, we always have Paris, concordamos. enquanto Paris for Paris a civilização aguenta-se contra a injustiça e a barbaria. A cultura de morte e destruição só pode ser parada por uma cultura de inteligência e compreensão, é preciso saber como e porquê, descobrir uma nova vacina para dissolver a maldade. ver de onde vem o dinheiro, secar a veia, porque sem dinheiro esta gente estrebucha por falta de alimento.Haverá verdadeira vontade?  Acho que deve haver muita gente na finança a ganhar com a morte destes inocentes.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

DIA FELIZ!


Hoje é um dia feliz. Acabei finalmente a minha tese de Mestrado e isso é importante para mim. Seria também importante para o meu pai se ele fosse vivo, pois há 20 anos quando iniciei as aulas para um mestrado em Michel Foucault que nunca cheguei a concluir, o meu pai disse-me entre a cozinha e a sala, à hora de um almoço de Domingo - eu já tinha saído de casa há uns bons 10 anos mas o almoço de domingo era sagrado - então o meu pai disse-me assim en passant : Se terminares esse mestrado o pai oferece-te um anel de oiro .  Não me esqueci pai. Disse-te que um dia haveria de acabar o mestrado, pois bem, cumpri a promessa, pena não estares cá para cumprires a tua. Mas estou feliz porque consegui, porque sempre tive a sensação de que precisava de completar os meus estudos pois aquela licenciatura foi demasiado louca entre teatros e trabalhos, e todos já estavam fartos de me ouvir dizer...a tese e tal e tal...e depois abriu-se tardiamente a tal janela na minha vida, onde eu pude ouvir o coração e devo-te a ti também, o teres guardado com o cuidado de uma verdadeira princesa o meu coração plebeu...estou sentimental, mas são bálsamos os sentimentos. Hoje está uma noite fresca e o céu está estrondoso e eu sinto tudo de novo como o Álvaro de Campos dizia, como se acabasse de nascer mas já com os meus sentidos em malha fina capazes de ver na lua o reflexo gigante de um Deus que joga ao toca e foge.  

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Sicília: no rasto do Etna

Taormina. Acústica rara, enquadramento belíssimo, os gregos tinham uma apurada sensibilidade estética.
Isola Bella. Água tépida e luminosa, pedras multo perigolosas!
Ortígia. O núcleo virado a mar da cidade de Siracusa. O calor. Como um seixo polido a harmonia das cores e das linhas a penetrar o passado, a sentir um vestígio e a caminhar muito devagar sobre ele.
O vulcão. olho presente, cíclope.
Caltagirone. Imperial e arenosa.                              
                             Etna. A seguir a terra. O magma adormecido volta-se lentamente no leito. Ao turista pré.fabricado resta a ilusão da máquina conseguir captar o  que o seu coração esqueceu.

O tom da Sicília, encontra-se entre o azul forte e doce do Mediterrâneo, o ocre das argilas e o negro da terra calcinada do vulcão. Há na paisagem uma inquietação, um desamparo à mercê da força telúrica brutal e cega . Aqui no sudeste da Sicília, o senhor da terra é o Etna e a sua respiração sente-se sobre as colinas, as crateras extintas, o carvão depositado de anteriores erupções que despejaram fumo negro sobre vidros e portas da cidade de Catânia. Mas a violência da terra é acariciada pelo calmo azul do mar, a tranquilidade translúcida e calorosa das suas águas dá a expressão ao temperamento Siciliano. Gentil mas imprevisível.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Estado da arte

Ao não entender a curiosidade alienada das corujas
adio o vínculo do meu encontro nas nuvens
ao limo.
Vigio o traço contínuo das sinapses.
Acabo a acertar passo no exército funcional
do trabalho pára-quedas sem janela
e só desemboco no poema
ao amanhecer
oiço-o respirar ao longe
escondido sob os sapatos de ténis
raspando as unhas na cervical
das minhas fugas logradas

Foto de Martine Franck

terça-feira, 21 de julho de 2015

elegia


Alberto Rubio, Rapariga na praia

Talvez nos acabemos por habituar. A partir de uma certa idade vamos ficando na vida e assistimos à partida de outros, são muitos os que têm partido. Estou a escrever isto e indigno-me contra o meu estilo apatetado, os que partem e os que ficam é linguagem estafada para descrever o que sinto. A morte é um estilete fino pelas costas. Não sutura, não sangra. Habituar-me...o caminho é de terra batida, as pedras soltas batem nos queixos, não há como nos habituarmos ao absurdo. Ver morrer alguém próximo repete a primeira dor, a perplexidade encarquilhada da primeira vez. Envelhecemos também com a experiência da morte, não por nós, é o  tributo do nosso corpo aos que morrem.

domingo, 5 de julho de 2015

cinema


Volto às Nuvens de Sils Maria, à cobra do tempo sobre o rosto, como as nuvens no vale de Sils Maria e, não sei se por causa das legendas acrescentarem entendimento aos diálogos- ver na versão original em Inglês  acaba por ser frustrante, o som, a dicção e os meus medíocres conhecimentos da língua, deixam-me meia cega - seja por me ter sentado na sala escura de um cinema, o écran, a intimidade com o filme, surpreendi-me a descobrir uma nova morfologia nos corpos e nas falas. Amei o filme, devagar, amei-o em cada cena, amei-o em cada pormenor e sobretudo amei a representação da Binoche. as razões, vou precisar de tempo para as digerir, por agora "Je lève mon chapeau!," amo de morte os actores, amo a sua vaidade e a sua fraqueza e amo de morte a capacidade do cinema, a sua resistência à Internet, como um velho sábio moribundo crivado de setas dos pokemons das crianças traquinas. Voilá!

terça-feira, 30 de junho de 2015

submissões


Hannah Arendt e a sua obra conseguiram um protagonismo evidente no século XX, maior que o seu contemporâneo Heidegger, no entanto é um fenómeno recente. Nos anos 80 ninguém falava dela nos corredores largos da Faculdade de Letras, e o seu mestre  era seguido por um grupo considerável de alunos investidos da sua linguagem "poética". O que se terá passado em 30 anos? O que mudou? Na minha opinião mudou a forma de encarar a Filosofia, a complexidade hermética e a simplicidade acessível das obras de ambos faz a diferença; o declínio sobejamente conhecido de Heidegger enquanto colaborador e admirador nazi podem ter com o tempo pesado na sua leitura, de facto o retrato que dele faço é absolutamente repelente,como pessoa e carácter era de um egotismo  e de uma megalomania insuportáveis. A verdade é que a sua discípula, sua fiel admiradora e, julgo, sua amante, nos primeiros tempos física e depois intelectual, mesmo reconhecendo as suas falhas de carácter atenuadas como erros, nunca deixou de ser espectadora fiel desse mesmo egotismo exacerbado. Ela cuja obra suplanta hoje a do mestre em actualidade e em poder explicativo,nunca deixou de ser submissa, nessa aceitação sem restrições de um poder idealizado corporizado na figura do ex-amante  que não cessava por carta de se auto elogiar. Curioso o papel do amor.  Parece justificar plenamente  relações de poder, injustas, e torna até inadequadas as categorias morais. Todavia há um modelo de relação que uma vez instituído parece incapaz de mudar mesmo que as pessoas já não sejam as mesmas,  Curioso também compreender que a coragem intelectual de Arendt, a sua proclamada independência de espírito, não era uma qualidade constante mas tinha profundas e inexplicáveis excepções.

sábado, 20 de junho de 2015

se os vampiros falassem



Antes de existir o Vampiro estilizado com gel no cabelo e lindas intenções (tédio!!);antes dos Vampiros serem fantasias mal engendradas numa sociedade de consumo especialista  na proliferação de imagens estereotipadas (UF!!), antes da idade do degelo e das alterações climáticas, dos live aids, e do telemóvel, ( soa mal telemóvel!), antes mesmo de ser computador, e conjuntura electrónica, a minha iniciação literária começou com Vampiros de papel,  livros pequenos que se podem pegar com a palma da mão aberta, cores fortes na capa e histórias de crimes pensados por criminosos requintados, ou crimes requintados dados a   criminosos pensados. Eles foram a causa de me ter tornado comunista por um par de meses,  por gostar demais de ler aquelas histórias e não ter dinheiro para as comprar.  Hoje passado o tempo dos empréstimos, já proprietária assumida, acordam-me ou adormecem-me ao correr do fio dos suspeitos, os seus avanços e recuos, as pistas e os pormenores reveladores até à vitória final. O desenlace, saber quem é o criminoso é gozo menor quando comparado com o gozo de deixar o detective imaginário que somos colado nos calcanhares do outro que se mexe e toma a iniciativa, Bem sabe o porquê e o como, o quem é supérfluo, saber os sinais onde o conluio se espevita, a raposa põe o focinho de fora, nada ainda e por enquanto fazer sentido, para depois, suspiro, encaixar. Afinal...sim, sempre tinha sido ele o criminoso, suspirávamos,  fechávamos o livrinho depois de duas noites de serão,  e, no dia seguinte, esquecíamos. 
Amanhã sai nas bancas o segundo volume de uma reedição igualzinha à primeira.Abençoados!!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Engrenages


Outra série de eleição, esta não é dinamarquesa como "Killing, crónica de um assassinato", é francesa, inventa-se em redor de três agentes da PJ, Laure, Gilou e Tintim, excelentes actores,trama onde os princípios mais nobres provocam danos colaterais tão graves como o banditismo. Os franceses, contrariamente aos dinamarqueses, são de expressar mais as emoções, têm um aspecto desarrumado, negligé é o termo apropriado, não falam tanto como os americanos em sexo, talvez por praticarem mais e serem menos puritanos,  têm fama de se dedicarem  a "baiser", é um facto e como tal não precisam de falar muito disso, preferem passar a câmara pelos monstruosos dormitórios de Paris, espécie de favelas em altura e betão onde as crianças se dedicam de alma e coração a assumir a marginalidade como forma de vida. Sou snob em relação à Europa,  creio na patine europeia, e os franceses são a creme de la creme, nada de especial,são anos de apuramento do gosto, chamo-lhe classe, à mingua de melhor termo.

domingo, 31 de maio de 2015

tradição




em alternativa a nós
havia o velho  a contar  histórias
os cromos do carpinteiro de Jerum


um baú cinzento  uma bola vazia.
A saga dos efeitos seculares
entupida de cuspo e hipocrisia

magoada ambição de não bastar
o raio da mão da fantasia
para encontrar um outro lugar


sábado, 23 de maio de 2015

Actrizes em estado superlativo.rectificado





Rectificação: depois de ter visto o filme com mais atenção, concluo que, verdadeiramente, não gostei. O argumento é pobre, os diálogos são repetitivos, há uma frase que a Binoche repete pelo menos cinco vezes ao ponto de se tornar insuportável e de manchar toda a cena: "Já fui Sigried não quero ser Helena". Ok já toda a gente percebeu, é uma repetição que envergonha os espectadores e os actores porque os toma por vazios e distraídos. A Binoche é boa, esforça-se, mas sem um texto à altura, um argumento e uma realização talentosa, não há talento que resista. Acaba também ela por não resistir às carinhas e a ver-se de fora, ou seja,  roçar o cabotinismo. O Assayas devia dedicar-se à pesca do salmão nos rápidos australianos ou então alguém de boa vontade dizer-lhe (ele está cheio de vento de génio!!) que não basta uma paisagem bonita e duas actrizes talentosas para fazer um bom filme, (embora seja difícil não o fazer, o que prova que ele fez o mais difícil). Conselho:  não tocar música pimba com Stradivarius, Quanto à Stewart já o sabia do primeiro momento dos vampiros, tem uma espontaneidade desconcertante mas precisa de ser dirigida senão é um bloco, isto é, precisa limar, tornar-se mais expressiva e isso aprende-se há directores que fazem isso muito bem, o Allen, por exemplo. É tudo, tenham uma boa semana no néon.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

aviação a tinta


Com a mesma caneta
traço o juízo e o verso
da mão verdadeira passo a vau
para a ordem monástica
auto dirigindo-me sob as placas tectónicas
desta frivolice
do império do meio
frigoríficos, é tudo

Passo a vau
encravo a caneta entre o indicador e o polegar
acerto no caderno
como o avião no solo
vigiando pelo olho fechado
a cabine
onde um piloto de unhas partidas
revolve mentalmente a última entoação

domingo, 3 de maio de 2015

Princesa

Acho  que travessámos várias vezes a mesma cidade
pareceu-me ouvir o mesmo latido de cão raivoso em cada esquina
Reparei no zumbido da abelha a andar em círculos
Atravessámos várias vezes a cidade mas nossas órbitas eram
grandes massas coloridas de natureza silenciosa ou ruidosa
éramos duas pequenas orcas e o nosso submarino um caudal de peixes rosa
no geral perguntávamos tanto e a pergunta era uma tecla gasta
de uma curiosa e pesada máquina
atravessámos quantas vezes a cidade?
Tantas quantas a resistência do olhar
permitir
Tu trespassavas a membrana opaca
deste ser inclinado para a catástrofe
Ias a correr comigo a um SOS e a tua mão
lembrava-me lareiras acesas
Eu contigo deslizo para fora de mim ainda sem saber
e com custos elevados inicio a surpresa
de me encontrar a sós com o teu corpo

quarta-feira, 29 de abril de 2015

fugas

Queria a sirene ainda
ou o repuxo no parque
cirandar
a qualquer hora
em qualquer destes termos
ao redor de ti
voltar à cave onde os círios escrevem
a aleatória saga
do coração
seguindo o fio de prumo
da carne amarrotada
do sangue remexido.
Bolinar no confuso corte da dor
no seu borbulhar atento
ao peito
apear
deitar a toalha ao chão
gladiador de sombras
na boca ainda seca do dragão.
Fugir ao rescaldo
cirandar
 perder peso
misturar-se  ao pó da arena
e aparecer por dentro
do orifício do medo
sendo ainda quem não vês
quem só fintas
pedes-me a aurora
dou-te a liça ardente
o particípio presente de um ser biológico
 a conjugar verbos transitivos.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Proust e o sindicalismo militante.

Quem disse que Proust é Proust?
resumo do que oiço:
Proust é moço para não resolver a equação
que o faz ser outro
quando cobiçado pela fortuna
consta que sofria dos artelhos
mas as suas calças engomadas desmentem.

Proust rei imaginário
posto por graça no seu trono de letras
 invade sem querer os nossos corações de ostra.
Proust ninguém
o súbdito fugido da taça estendida
consentiu em lambê-la
embora não haja testemunhas.

Serdiagem com referência a benzura
mágica pena no circo das letras
que é já pó de arquivo
não sei onde colocar-te Proust se em baixo à direita
entre deuses ou à secretária
a beijar os pulsos de uma Salomé ressequida
ou amedrontado pelo uso continuado
do quarto escuro


terça-feira, 31 de março de 2015

sábado, 28 de março de 2015

Ode ao silêncio impuro


Ordena-se
imediata libertação do silêncio impuro
colocado por cardeal lerdo
na masmorra ociosa da moral

A ordem, a ter efeito imediato
manda
desconfiar, depenar e discordar dos puros
estes identificam-se pelos pés
caminham  e falam em bicos de pés
Bicos de pés são partes minúsculas
invisíveis a olho nu
mas capazes de produzir grandes dores
a quem não possui tal bico
em virtude de nascimento ou credo
ou sei lá, duma cabala tonta

Anjos e outra espécie de faunas aladas
almas, sentimentos, e propaganda
serão doravante colocados no shake
misturados e depois de batidos
engolidos com rigor
um gole de cada vez,
para facilitar  a digestão
toda a pureza  é indigesta)
e provoca amiúde erupções da bílis
mas uma boa tarde de sono
uma acendalha no fogo
seguida de um rápido soluço
consumarão a proteína

Doravante todo o silêncio será impuro
a palavra também
embora se possa assinalar
bem no fundo do seu arrazoado persistente
a secreta fagulha emigrante no sangue
de uma brincadeira em que todos trocaram de baloiço
e vêm para o campo a rir



segunda-feira, 23 de março de 2015

Salafrária

Volto, volto sempre, a pairar
micrólito do ar parado
regendo a imensa falha desta mó

volto, volto sempre,
entre a bruma e a claridade
Apareço gesticulo
sou ovípara na cidade

o teu cabelo louro, em caracóis
a cega espada do meu peito incandescente

Logo, na canseira e no embuste
abrirei o livro, farei o resumo da matéria
sucumbirei dardo pesado
ao redor do juízo
antes, depois
logo a seguir
interrupção estendida
recomeçando
ser desfocado  entre abertas asas feridas
consumo do silêncio
rigor da chibatada sobre o ventre
aquele árido ventre separado

Volto, assim mesmo, acertada
sob um nome falso
sob nenhum nome
sob um céu de chumbo
branqueada

domingo, 22 de março de 2015

poesia: a máquina delirante da dedada cósmica

DEDILHANDO

se eu quisesse fazer poesia
era o serviço do meu dia a 21 seria
mas anoto a letra miúda
do calendário escolar
hoje não é dia de poetar

ao virar a página encontro
outros dias pequenos conto
em nenhum me poderia prestar
o ofício ou arte de poetar

se fosse mais tarde ou cedo talvez
no campo ou no mar em vez
de me ter esquecido a medo
pudesse despertar de novo o credo

mas terei de constatar
que apesar de disposição e do verbo
acabei por me atrasar
escrevinho um soneto cego?
não, hoje não é dia de poetar




terça-feira, 3 de março de 2015

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

auschwitz


A Rússia é um país autoritário e musculado, eufemismos de tirânico, mas foi a Rússia, sobretudo a URSS, que bateu a Alemanha nazi, à custa do sacrifício de 20 milhões de russos (os mais massacrados da história da II Guerra). Pretender que isso não existiu é mau. Sermos tão amiguinhos dos alemães que nos cobram mundos e fundos pela dívida quando a deles, depois da quantidade de inocentes assassinados, ficou por saldar, é injusto. A Europa pagou. Excluir a Rússia, que libertou Auschwitz, das comemorações dos 70 anos da sua libertação é como comemorar o 25 de Abril sem os capitães. É dar um pontapé nas costas da história. Não fica bem. É ingratidão. Continuamos sem ter aprendido nada, as imagens horrendas não são suficientes para unir os povos.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Charlie Hebdo


Oliver Jaffers

O que temos agora no Ocidente são assassinos que sob o pretexto religioso têm cobertura mediática, trata-se de gente que assassinaria a troco de nada, deviam ter sido postos a coleira e malga de água e não perder mais palavras.