Três factores que me parecem importantes e condicionadores destes resultados:
1. O desequilíbrio e instabilidade da classe docente nos últimos três anos. As guerras e confusões que se instalaram na Escola Pública face a medidas desrazoáveis do governo. Estas medidas parecem ter afectado mais os professores das Escolas Públicas porque a classe tem uma representação mais heterógenia que na Privada, onde os professores são escolhidos também por factores políticos. Maior vulnerabilidade da Escola Pública face ao Poder político.
2. Maior poder económico dos alunos da Privada, mais acesso a bens culturais, menor pressão familiar em relação ao luxo de estudar e consequentemente uma maior concentração no valor do estudo.
3. Mais elitismo nas Escolas privadas que são menos pressionadas que as Públicas no sentido da Inclusão. Isto é, as Escolas Privadas não têm a missão de educar todos, apenas alguns, os que querem verdadeiramente estudar . Esse princípio permite o elitismo que nas Públicas só é possível em algumas excepções, quando as Escolas Públicas rejeitam alunos com passados escolares pouco promissores. É o caso da Escola da Quinta do Marquês - Oeiras que sendo uma das melhores escolas públicas, aceita alunos fora da sua área em detrimento de outros que vivem próximos. O critério é a excelência e nível económico do aluno. O meu vizinho de baixo é exemplo.
Posto isto, ilações: A batalha perdeu-se! Mas a luta continua! Escolas Públicas às Armas!! Teremos de provar que o Ensino Republicano e laico é melhor que o ensino norteado por princípios religiosos, acredito que sim!
2 comentários:
Que dizer, minha amiga... Que estamos entregues à bicharada. A não ser que percebamos que, culturalmente, o português precisa de exigência para que possa valorizar algo tão vasto e abstracto como o conhecimento. É como uma roupa cara... pode ser uma merda mas se tiver uma etiqueta de fugir há sempre quem a ache o máximo. Vamos "encarecer" o sistema público com a exigência. Vamos precisar de uns 5 anos para voltar a equilibrar as coisas (se formos optimistas) mas é possível. Podemos começar pelo limite de 2 negativas no ensino básico. É preciso mudar a ideia forçosamente inclusiva deste governo mas enfim... ainda acredito no bom senso. Beijinhos
Cassandra: é como dizes, no tempo temos que ser mais exigentes connosco e com os alunos, não queremos ver as escolas públicas como as inglesas! nops, bjos
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