quinta-feira, 15 de outubro de 2009

sobrinhas

andei com elas ao colo, adoro-as, são como as filhas...etc, agora cresceram e temos zangas de adulto contra adolescente e vice versa, o habitual, adoro-as mais, mais, mas não sei como lhes dizer que as adoro quando mandam mensagens no telemóvel enquanto lhes falo. São lindas demais as miúdas e revejo-me naquela rebeldia. Herdou a mais velha de mim o gosto compulsivo da leitura e um certo orgulho meio enviesado, a mais nova o gosto pelo teatro e é fantástico sentir que os gostos delas, os subterrâneos, têm a ver comigo embora, felizmente, sejam muito diferentes de mim. A minha vida espelha-se um pouco nelas e isso faz todo o sentido.todo. Um abraço!

5 comentários:

cs disse...

Permita-me o seguinte: "jovens com saúde" é um livro muito recente para pais e professores, que compila uma série de estudos, da prof. Dra Margarida Gaspar de Matos e a sua equipa e do Dr.Daniel Sampaio sobre os adolescentes. Feito com textos pequenos e todos eles baseados em estudos permite-nos relativizar e sobretudo ensina-nos a ouvir e a entender o que é um crescimento saudável.


E boas futuras conversas com as duas sobrinhas

:))

via disse...

cs. obrigada pela proposta mas continuo bastante céptica em relação a formas de resolver os problemas da adolescência. A "guerra" é necessária, faz parte do crescimento, não me parece pouco saudável, pelo contrário. Obrigada pela visita.

Ana Paula Sena disse...

Faz todo o sentido, sim, sei como te sentes. Este tipo de "guerra" traduz-se, depois das tormentas, em crescimento.

Tudo temperado com ternura, é do melhor da vida :)

Um abraço para ti!

cs disse...

Enfim, que ao menos as suas memórias autobiográficas a acompanhem´, pode ser que as suas certezas se tornem um pouco relativas e menos absolutas.

As deles são tão momentaneamente absolutas!
Foi um prazer passar e voltarei, mesmo não concordando que " a guerra" é necessária. :))

via disse...

cs:não tenho certezas absolutas mas não me parece, intuitivamente e olhando para o que foi´e é o tradicional conflito de gerações. Tentar abolir o conflito de gerações em prol de uma educação saudável, parece-me um contrasenso. Educar nunca foi algo que se fizesse sem confronto.Querer que um adolescente compreenda as intenções adultas e vice versa é tirar ao adolescente a parte essencial da sua idade, a rebeldia.Obrigada pelo comentário.