domingo, 12 de outubro de 2014

o nome da rosa






























Como te chamas Rosa?
esta pergunta substitui na minha mente
ocre o que não devia. rosa. qualquer coisa
a meio
A cerveja sobre a mesa um início
qualquer coisa
rosa
o teu bigode na minha fonte de mel
a pauta e o cinzel
essas austeras presenças imaginadas
sobre um corcel ferido
cintilam como sobrancelhas falsas

Tu não podes imaginar rosa
mas estes tempos serão iguais a outros
tempos de betume e sede
trautearemos músicas de treta
os carros estarão sempre presentes
como os dias quentes
ouviremos as patinhas ainda jovens dos animais selvagens
escapar sobre o pelo áspero do papel
onde a tinta continua a traçar o sonho mole das letras

4 comentários:

CCF disse...

Temos poeta...cada vez mais!
~CC~

via disse...

CCF: Obrigada. Não consigo comentar no seu blogue.

cs disse...

A gostar muito do que escreve. Muito.

via disse...

cs. Obrigada.