domingo, 19 de julho de 2009

Há dias em que nos sentimos imbecis, mesmo imbecis, não sei se é do calor ou da frequência de abordagens sociais inconsequentes, se é da idade, ou da saison, dos problemas da vesícula ou do autismo que não enxerga o óbvio, aquela tacanhez de pensar "eu já vi este filme" e fazer de conta que não, assobiar para o ar, bem, seja como for, tinha obrigação de fazer melhor, de juntar os calcanhares e contrair os glúteos, em vez de deixar o bago de arroz saltar-me da boca no meio do entusiasmo da conversa, ou de gastar o ordenado em restaurantes onde como que me farto e depois em casa vomito tudo. Não sei onde me abstive de pensar e me deixo levar como uma lagartixa tonta, valha-me o bronze e mesmo assim...não sei se vale de muito e também não sei quando tive a última conversa inteligente, já nem sei se sou capaz de ter conversas inteligentes, ( a questão deixa-me três minutos a reflectir para o ar enquanto puxo do cigarro) umas trivialidades parecem ainda causar momentos de reflexão trôpega, as poses, sim...sim, entre garfadas e pastagens ocasionais encostadas à noite , uns copos de vinho, os pés triunfando sobre as mãos (péssimo sinal!) e assim.

4 comentários:

~pi disse...

só não entendo

que os pés triunfando sobre as mãos seja mau sinal...

eu fujo muito e às vezes a correr! :)

sobretudo na e da night!

] ainda bem que escreveste isso!




~

Ana Paula Sena disse...

:)))

Que bem te entendo! Agora, até me julgo e julgo que me julguem com mau feitio, apenas porque algo me farta e cansa dessas lides.

Os motivos... acho que não seria capaz de os dizer melhor que tu, à volta das sensações indefinidas que só se definem devagar...

Um beijo (toda trocada também!) :))

as velas ardem ate ao fim disse...

Percebi te bem!

bjo

via disse...

-pi: ehehehe, não tinha pensado nisso, dos pés para fugir, era mais dos pés a doer mas está bem visto sim senhor!

Ana Paula: às vezes é quase uma condenação, um ter de ser...dramatizo, apesar de tudo os copos sempre foram essenciais para tirar o pé da lama, sonhar, não?! bjo

as velas ardem até ao fim, ainda bem, bjo