sábado, 1 de setembro de 2012

Gerês 2


Cada "paisagem bela" é um fardo. oiço-a exigir-me: " Vá, agora apanha-me, eterniza-me, faz-me tua!" Eu não sei, continuo a considerar esta tarefa impossível. Afadigo-me um pouco e depois deito às urzes a exigência, fico com a impressão. a impressão, da impressão, da impressão. Há mulheres como eu, e homens também, de máquina a tiracolo e sequências fugazes de impressões destas.
Então, arrumas a peça de artilharia pesada, inocente usurpadora que  rouba coisas das coisas, e aí, o grilhão solta-se, ao correr do raro instante, acontece: a beleza liberta-te.

3 comentários:

Helena L. disse...

Gosto. Das camadas que são ecos....
A beleza liberta-nos e depois cativa e captura-nos, encanta e amarra. Digo eu.

Magnolia disse...

Escuta-se o silêncio nesses lugares.
Lindo

via disse...

helena L: E dizes bem.

Magnolia: Um silêncio que se ouve, é isso.