quarta-feira, 23 de setembro de 2009

tentação


penso cada vez mais. não que resolva com isso os enigmas, tão pouco muda o que sinto, só me dá mais precaução. pensar é equacionar possibilidades e deitar algumas pro lixo, porque concluímos que não passam de impossíveis e estou cansada de impossíveis, aproximam-se com a sua beleza, o seu desafio. o absoluto e deitam-nos logo ao chão, subimos ágeis para o baloiço e rejubilamos de coração pequeno e grande , alma tão ao largo da bolina que se vê lá longe a rápida vela branca a espanejar, just me, a eleita do conto em estado puro vogando. daria o mar, todo o que vi, e a história do meu assombro por um liso e atento olhar assim. mas penso. vêm as sirenes, amarro-me ao mastro e conto os minutos, os dias e os anos, não ouvirei o teu canto.ponto. contrição. não que a admire, à contrição, mas pode ser, maybe maybe que outro canto possa nascer desse luminoso canto. será triste, pois sim, que seja.

2 comentários:

Apple disse...

Gostei tanto , mas tanto desta "tentação"... Sabes, às vezes acho que pecamos por pensar demasiado. Vacilo entre amarrar-me ao mastro e o atirar-me às ondas...

via disse...

Apple: Bem vinda! tal é a natureza da tentação, ou, ou, com este calor melhor será atirarmo-nos já ao mar!!