
domingo, 29 de novembro de 2009
cinema

quarta-feira, 25 de novembro de 2009
democracia e dinheiro

sábado, 21 de novembro de 2009
gripe F
acho que tenho uma gripe mas nem sei de que letra é, certamente das que começam com f...não haja dúvidas. tenho a sensação de ter furos por todo o lado e verto, ehehe é um horror, ajeitei lá no supermercado o saco ecológico para caírem os pingos do nariz longe da bancada das compras. que no saco só toco eu e bem ,não tinha lenços, não merecem estas amostras de papel que me lixam o nariz o nome de lenços, coisa esquisita, nada a ver com os lençinhos macios bordados ao canto que a minha mãe me dava quando estava constipada, mas seja como for na cegueira vale tudo para estancar a torneira. e não tenho nenuma certeza se no meio destes espirros monumentais não contagiei os tipos todos da fila, mas que querem? tenho de fazer compras, não? esta mania de ficarmos de quarentena é complicada para quem vive sozinho e tem de comer, assoar-se, beber, etc. ainda não adoptei a moda das compras ao domícilio, faz-me sempre lembrar quando vivia em Alfama num quarto andar sem elevador e telefonava para o homem do gás.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
hedda gabler

domingo, 15 de novembro de 2009
auden

Lembro a discussão com o meu aluno: A homossexualidade é feia, disse ele. Vá, André, que acharás deste poema? Diz-me tu. Auden era homossexual. A palavra não colhe? E se é a alma (que não sei se existe) a impor-se?
Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever: I was wrong.
The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood.
For nothing now can ever come to any good
W.H Auden, Funeral Blues
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
união de facto ou casamento?
O PSD propõe uma modalidade soft para as uniões de casais do mesmo sexo. Uniões registadas. A princípio pareceu-me a solução mediadora: resolvia a questão dos direitos cívicos, saúde, habitação,impostos com a protecção que têm os casais legitimamente casados e, ao mesmo tempo evitava a fractura social que a legalização do casamento homossexual poderia trazer. Depois, de pensar um pouco, já não me pareceu uma boa solução porque não resolve nada. O nome parece-me descriminatório. Porque não legalização de uniões de facto? Continuo a pensar que a questão tem que ser resolvida, não se pode ignorar 10% da população como se não existisse, quando existe e é activa, votante, contribuinte etc. Mas se a questão fosse só de direitos, legalizar as uniões de facto resolvia. A questão do casamento é no entanto mais arriscada e mais ousada porque essa sim pretende tornar a relação homossexual uma relação com o mesmo grau de aceitação da heterossexual. Porque o casamento tem um vínculo social mais profundo que a união de facto, esse vínculo alicerça-se no tempo, na memória, na história. Nos anos 60 considerava-se coisa burguesa e hipócrita. Lutava-se pela autenticidade do amor fora do aval do conformismo institucional. Agora um movimento pela liberdade das minorias faz do casamento uma bandeira. O movimento que permitiu a liberdade sexual também se opôs ao casamento e agora reinvindica-o. Os tempos mudaram. Sim, mas porque será uma bandeira de liberdade o que há quarenta anos não passava de um símbolo de escravidão?
domingo, 8 de novembro de 2009
ervilhando

mas afinal não é este solilóquio senão uma questão de inveja. pergunto-me invejosamente: como é possível um blog como o do Bruno Nogueira ter mais de 2.000 leitores por dia? é muita gente, caramba, que procuram esses tipos todos? aquele ar tá-se bem, aquela coisa dada à brincadeira negligé. é mesmo misterioso isto.
fotografia: Raymond Depardon
domingo, 1 de novembro de 2009
chuva

imagem daqui: diariodeummago.blogger.com.br
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