"A linguagem verbal está morta" diz Tetro, di-lo no entanto através da linguagem verbal, é ainda pela linguagem verbal que surgem os compromissos e se desfazem. Em Tetro há um pensamento que se interroga mas para além e mais importante há laços que nenhum pensamento por mais despegado poderá quebrar. vi o filme numa noite chuvosa e gélida onde a meteorologia previa alerta laranja para certas regiões do país e as árvores esperneavam com o vento. são-me saborosas estas rotinas de cinema, este calor das salas no inverno e as imagens a correrem à frente dos meus olhos. gosto disto, depois sair de novo e a noite já não nos apanhar desprevenidos porque não paramos de querer meter nas palavras a bravura do que sentimos por dentro, esse entusiasmo. reparo num homem que caminha com os pés descalços na rua molhada, a realidade confunde-se na fantasia e de olhos vermelhos, ainda enevoados de outras ruas, reconheço burguesa esta arte da fuga. ai ir. ir mesmo, para enfrentar tudo de olhos bem abertos. domingo, 29 de novembro de 2009
cinema
"A linguagem verbal está morta" diz Tetro, di-lo no entanto através da linguagem verbal, é ainda pela linguagem verbal que surgem os compromissos e se desfazem. Em Tetro há um pensamento que se interroga mas para além e mais importante há laços que nenhum pensamento por mais despegado poderá quebrar. vi o filme numa noite chuvosa e gélida onde a meteorologia previa alerta laranja para certas regiões do país e as árvores esperneavam com o vento. são-me saborosas estas rotinas de cinema, este calor das salas no inverno e as imagens a correrem à frente dos meus olhos. gosto disto, depois sair de novo e a noite já não nos apanhar desprevenidos porque não paramos de querer meter nas palavras a bravura do que sentimos por dentro, esse entusiasmo. reparo num homem que caminha com os pés descalços na rua molhada, a realidade confunde-se na fantasia e de olhos vermelhos, ainda enevoados de outras ruas, reconheço burguesa esta arte da fuga. ai ir. ir mesmo, para enfrentar tudo de olhos bem abertos.
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5 comentários:
Quero muito ver este filme, já que não pude vê-lo no Festival do Estoril.
Ver tudo de olhos bem abertos, sim, concordo, também quero. Apesar de ser tão mas tão difícil. Sobretudo quando na calada da noite, o frio nos toca os ossos.
Digo eu, que trabalho sobretudo à noite :)
Abraço
A não perder pelo que vi!
g.
Ana Paula sena:Também, às vezes à noite. Vai ver, com os olhos bem abertos, a fotografia e aquela coisa maluca a pulsar, espantas certamente o frio dos ossos. bjo
Anónimo: é mesmo.
A anónima sou eu!
Acabei de ver, muito denso.
Obrigado pelo post útil! Eu não teria chegado a este o contrário!
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