
é uma estranha sensação, perder o telemóvel, alívio e preocupação, simultaneamente.serão as ondas a ter a expectativa da chamada, imagino o artefacto, tão recorrente à mão, enfiado num buraco da areia, ou vagueando no meio do mar, será até risível. a caixinha preta a debitar às nuvens, impotente e inútil como uma caixa preta pequena e escorreita. Não me aborreço, afinal entro em férias, e se não é este o maior sinal que me afundo na estepe do silêncio, carinhosa com a presença e cansada de mensagens em bips magnéticos, então não sei qual será, e depois, acredito em sinais, em acasos. dá-me gozo imaginar propósitos, intenções onde se calhar só existem fenómenos cuja causa é a distracção. Querem-me sem telemóvel as forças do destino? pois aqui me têm, baixando a guarda alta, confiando que quem me queira ver, ou falar, há-de também socorrer-se da imaginação. tentada a dizer: sigam essa gaivota!!
3 comentários:
Ora! E quando a vontade ou a necessidade imperam, o engenho faz o resto. Se calhar, filtra-se melhor o que realmente importa!
Abracito e votos de óptimas férias! (que por cá ainda tardam :(
É como deixar o namorado sem o qual pensávamos que não podíamos viver.
Afinal estamos bem mais livres sem ele.
:)
R: espero que venham bem depressinha as férias e sim, voltamos ao velho engenho do cara a cara etc. abraço
jp: tens razão...toda.
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