quarta-feira, 18 de maio de 2011

ciclos

acredito cada vez mais em ciclos. em coisas que nascem, florescem e morrem, e da morte, das cinzas ou da decomposição do cadáver liberta-se lento um bicho esvoaçante, em princípio invisível de pequeno, regulando a sua atenção pela atmosfera pesada e incapaz de lá sair,espera vivo na decomposição. depois quando forte, voa, o seu vôo convoca novos acontecimentos, novas vidas. a morte é fonte. o que dela brota é novo, um novo ciclo, como uma espiral de ouro, sentimos dentro de nós mas também fora, o palco destes mundos. nestas palavras, o mundo, a vida e a morte é-nos dado ver, em vislumbre rápido, os contornos nítidos de cada um dos ciclos, é pouco porque vemos mal e por defeito, mas é o que podemos.

3 comentários:

R. disse...

Mesmo com dificuldade, aproveitemos enquanto vemos. Pensemos e apreciemos. 'É o que podemos' pelo privilégio de estarmos vivos.

Um 'nítido' abraço ;)

g disse...

Cada vez vamos enxergando menos, é uma realidade, mas proporcional também é o poder de "ver" mesmo de olhos bem fechados.

via disse...

R: Chamas-lhe privilégio e tens toda a razão. abraço repetido.

g:mas todas estas fábulas são mesmo de olhos fechados, são mais imaginadas e pressentidas do que realmente vistas.