Quando acordo, cedo, cedo à tentação de olhar o horizonte. o horizonte nas nuvens sólidas, linha nevoenta de mar. lembro essa claridade como a espera silenciosa de uma virtude que procuro e não encontro no corpo molhado e ruidoso das estradas e das pessoas. torno ao bicho ensimesmado que do sonho argumenta para dar voz à insatisfação. esforço-me por dar uma cara familiar à fome que sinto, deveria ser fácil, reconheço-a como companheira de sempre, a mesma estranha vontade de fugir, a mesma intrusa vontade de fugir.
3 comentários:
Sempre que leio estes pequenos textos dá-me vontade de os ilustrar com algo. A foto que hoje acompanha está muito bonita, é tua?
Olá Sónia, é minha, é o Guincho por estes dias invernosos. e força. ilustra que eu vou adorar certamente.
gostei :)
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