domingo, 5 de julho de 2015

cinema


Volto às Nuvens de Sils Maria, à cobra do tempo sobre o rosto, como as nuvens no vale de Sils Maria e, não sei se por causa das legendas acrescentarem entendimento aos diálogos- ver na versão original em Inglês  acaba por ser frustrante, o som, a dicção e os meus medíocres conhecimentos da língua, deixam-me meia cega - seja por me ter sentado na sala escura de um cinema, o écran, a intimidade com o filme, surpreendi-me a descobrir uma nova morfologia nos corpos e nas falas. Amei o filme, devagar, amei-o em cada cena, amei-o em cada pormenor e sobretudo amei a representação da Binoche. as razões, vou precisar de tempo para as digerir, por agora "Je lève mon chapeau!," amo de morte os actores, amo a sua vaidade e a sua fraqueza e amo de morte a capacidade do cinema, a sua resistência à Internet, como um velho sábio moribundo crivado de setas dos pokemons das crianças traquinas. Voilá!

5 comentários:

R. disse...

Tenciono vê-lo, e as tuas palavras reforçam-me a vontade. Fico a pensar que, a ser um velho resistente, o cinema há-de ser também um velho camaleão, capaz de ir assumindo as cores do ambiente que o rodeia. Um abraço grato pela leitura singular que invariavelmente proporcionas.

R. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
via disse...

Olá R, sim, um camaleão, os cineastas estão a tirar partido das particularidades da tela grande, o efeito de intimidade, o precioso da imagem. a magia do fotograma, da projecção. algo que a net, rainha da banalização de tudo, não pode ter. ainda bem, uf!!

CCF disse...

Também gostei muito do filme e não me importaria de ver segunda vez.
Há que homenagear cada vez mais o bom cinema.
~CC~

via disse...

CCF. Há quanto tempo!!Agora quero ver o novo Techiné, antes que se vá embora!Sim é bom repetidas e incontáveis vezes, voltar ao cinema.