sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Até onde o restolho
a segurança de um prelúdio bem idolatrado
gordo, endomingado
Até onde pudesses pensar e continuar
remexendo na balaustrada as contas
linda chama
Por quem Leonor?
Pela ambrósia de um deus atónito ou ébrio
por uma rosa
por uma aurora
por segundos
Até onde a tricotar
a vassourar
a estender palavras massa
a guardar a tentação aversão
das curvas sonhadas do rosto
Até onde entre palavras?

por uma balada
uma onça de tabaco
um triciclo abandonado na rua

Por onde carregas o pote Leonor?

Até onde bastará o que basta
um ribombar súbito
um olhar que prolongue
o espasmo até à eterna combustão
do amor dor
Até onde
Até onde perguntas
Até onde
mergulhar
para longe onde a água se confunda
me confunda
Até onde
ruminar solilóquios
preguiçar preguiçar
até onde Leonor e porquê?

2 comentários:

Graça Pires disse...

Perguntas a que só a Leonor sabe responder?
Uma boa semana.
Beijos.

via disse...

Obrigada, igualmente.