sábado, 11 de abril de 2009

O calendário religioso e as procissões criam-me sempre uma interrogação: aquelas pessoas que seguem os passos de um Cristo que imita o sofrimento do Cristo histórico ou Bíblico e se parecem com aquelas que com as suas túnicas o seguiam, os cristãos, terão compreendido a mensagem? Serão mesmo aquilo que na sua mistificação acreditam? Tenho inúmeras dúvidas. Encontro-lhes sempre uma pretensão que não se coaduna com a sua condição, é pretensão da verdade e isso causa-me sempre algum espanto. Não que a julguem ter encontrado, pois esse direito assiste-lhes mas que sobre essa mesma luz possam julgar os outros como perdidos. Os perdidos da Fé, seriam eternamente os carrascos, os materialistas da história hoje repetidos e acusados. Não tenho dúvidas sobre a poesia e a beleza do ensinamento de Cristo, mas tenho muitas dúvidas sobre o modo como o entendemos e sobre a forma como pode ser utilizado. Por isso, esta Páscoa, farei a penitência da reflexão, como faço sempre, mas continua a repugnar-me a arrogância, essa mais do que qualquer outra coisa, afasta-me dos cristãos praticantes/beatos e aproxima-me dos que sofrem, de todos os que sofrem com ou sem Fé.

4 comentários:

Ana Paula Sena disse...

Um belo apontamento acerca da época!

Também eu guardo um tempo para a reflexão. Também relembro os que sofrem. Quanto ao resto, também inteiramente de acordo contigo!

Um beijinho numa Páscoa - de facto :)

via disse...

Ana Paula: Bom começo! bjo

Cassandra disse...

Cada vez mais a ausência de fé numa entidade superior, sustentada por princípios dogmáticos, se me afigura como uma escolha tranquila. Se a isto corresponde a perdição, que seja num local quente e aprazível. Dispenso as labaredas e os gritos.

via disse...

cassandra; eheheh também dispenso o churrasco, nã sei se ele me dispensará a mim!quando lá chegar já tá tudo vegetariano!!