quinta-feira, 23 de julho de 2009

duas espécies de magazine para adultos: táxistas e polícia municipal

1h da manhã. Tenho a certeza que deixei aqui o carro, um molho de táxistas encostados às suas viaturas (como gostam de lhes chamar), por favor, sabe o que fizeram ao meu carro? O tipo a mascar pastilha: Era um fiesta azul? foi rebocado. isto é uma paragem de táxis! A viatura era sua?( não meu coxo era do chulo da tua mulher!!queria eu responder se tivesse tomates) o tipo era sopinha de massa e estava a divertir-se à grande com a minha cara de parva, teve sorte eu só queria sair dali rapidamente e não olhar mais para a sua fuça de esparguete mal cozido. Tirem-me deste filme! Estalei os dedos mas não sortiu efeito. Polícia, Polícia Municipal, Olhe, o carro foi rebocado para a antiga praça de touros, vai por aqui sempre em frente...bla bla bla....é longe? nã... cinco polícias olhavam-nos, cinco bófias a palitar os dentes, e eu a pagar-lhes, vai de andar, as ruas de Cascais estão soturnas, bolas, não se vê ninguém... nem o fim das ruas. Praça de touros, tudo fechado, lá dentro uma mulher segurança rodeada de gatos. Abrir o portão? Nem pensar... não está ninguém da polícia municipal...esperar, ao fim de 1h veio um carro a piscar, um carro de feira, pensei eu, para nos tirar dali e nos pôr a render como fantoches, mas enganei-me. era a polícia municipal, um cu gordo arremessou-se com dificuldade para fora do carro, disparei umas atoardas sem efeito, 60 euros de coima (nome novo para multa, que lembra outra função não matemática que para o caso não interessa nada porque nos lembra o quanto estamos fo...e mal pagos) 50 euros de reboque mais 10 euros de parque de estacionamento municipal. A gaija gorda com tickes de eficiência e complacência de hospedeira de bordo de um avião charter da republica do Chade, acompanhou-me solicita ao carro para ir buscar o multibanco e sussurrou melíflua: Posso fazer-lhe uma pergunta pessoal? Ai, pensei, o que mais virá desta noite...ela: Não deu aulas na escola...pronto, tinha sido minha aluna, estava risonha e agradecida, tinha adorado as aulas, eu não me lembrava dela, e para o caso não queria conversas, ainda rematei que era vergonhoso fazerem as pessoas esperar 1h no meio da noite e de nenhures, e tive tentada a dizer que apesar de ter gostado das aulas de Filosofia, não deve ter percebido nada dado o modo como parecia indiferente aos mais elementares direitos e deveres, naquela hora e meia de espera e de calcorrear ruas desertas tinha corrido riscos, riscos que a polícia tinha por função evitar, mas ela já me falava do curso de engenharia alimentar e eu pensei que estava bem, porque ali na polícia sempre podia contribuir para engordar o Estado à custa das distrações infantis dos seus professores de Filosofia, sem as quais não teria certamente emprego. e apertou-me a mão, eu apertei a dela, tudo muito cívico. Eram três e meia quando desabei na cama perplexa, mais pobre e não menos imbecil.

6 comentários:

Cassandra disse...

Não há forma de te livrares dessas pragas. Ainda bem que não fizeste nenhuma aposta. Terias perdido. A parte de ter sido tua aluna parece anedótica. Lamento.

Ana Paula Sena disse...

Uma autêntica deturpação filosófica!

Que coisa mais chata e mal organizada, diga-se!

Há uns anos atrás aconteceu-me parecido. Um horror!

Também lamento, e espero que esqueças rápido.

Anonyma disse...

Hummmmmm....
Desconfio que a silly season te anda a deixar com urticária...um travo amargo que perdura e dura...
:(

Rui disse...

Entraram em vigor uns autocolantes, que ficam na vez do carro rebocado, a indicar o novo destino da boleia indesejada.

Note to self: praças de táxi e touradas, andam de mãos dadas.

mixtu disse...

uma aventura...

e encontramos sempre alguém conhecido, aluno ou poutra cousa qualquer...

filosofando...

abrazos serranos

via disse...

cassandra: essa da aposta foi cruel...também lamento nem sabes quanto lamento mas já passou, é para esquecer. encontram-se alunos em todo o lado, gerações de homens e mulheres que nos reconhecem, gosto disso. bjo

Ana Paula:já esqueci, tens sorte de durante anos te veres livre da praga, já é a terceira vez nos últimos anos (numa média de um por ano) entenda-se como um imposto que pago por ser distraída, o estado nã gosta de gente no ar!!Bjo

Anonyma: esse nome aplica-se na perfeição a esta estação do ano, sem dúvida, a alergia a multas e chatísses deste género veio para ficar e deixa-me de péssimo humor, vero.

Rui: bem melhor, assim não andamos feitas baratas tontas à procura de um telefone, de um indício, essa é a aprte pior. pior que a multa em si, é não saber nada.
Concordo em absoluto contigo,uma grande tourada este azar de ousar colocar o carro numa praça de táxis, nao se recomenda a ninguém!

mixtu:filosofando não é propriamente o termo, mais cobrando... a
abraços da linha