No festival Queer, S. Jorge
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Trata-se de uma história de amor entre duas mulheres, uma alemã de Hamburgo e outra de Taiwan, um país aparentemente ocidentalizado mas onde as tradições orientais permanecem, nomeadamente nos rituais de morte e no modo como vivem a perda. Dois traços parecem separar estas culturas: O individualismo e autonomia de Sophie, alemã, choca com o espírito familiar e de pertença de Ai Ling. Ao morrer inesperadamente Ai Ling adensa a solidão e a incompreensão de Sophie que não encontra forma de restabelecer um equilíbrio e continuar a viver. O facto de ser tocada por um espírito, um fantasma, é uma forma metafórica de descrever o que se passa psicologicamente com a personagem mas é também um convite a seguir um outro percurso, o que leva à libertação da culpa. Dialogar com os fantasmas e despedir-se num ritual de oferendas e de comunhão parece ser mais libertador que viver eternamente com a culpa. É disso que trata o filme e bem.
4 comentários:
[ sei por dentro,
http://grauzerocartasanickdrake.blogspot.com/
beijo
~
Não consegui ver esse, mas vi "Mein Friend aus Faro", e gostei muito.
g.
j-pi: á fui ver, engenhoso! delirante!
g:esse não vi!
É difícil falar com os fantasmas. E pedro Abrunhosa fá-lo muito bem.
Bjcs
Paulo
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