chove lá fora e o tracejado da chuva nítido à luz do candeeiro de rua faz parecer estranho este bairro, estas casas, como pracetas perdidas do Uruguai, momentos antes de um grito numa qualquer taberna empurrar para a chuva outro corpo. assim. não conheço o Uruguai, sabes, mal conheço as sardinheiras tímidas nos vasos tímidos das varandas inexistentes do meu prédio. facilmente poderia ceder à tentação da queixa quando assim chove nas pracetas do Uruguai perdidas à conta de reflexos dos meus olhos miúpes, reconheço contudo que me é dada fantasia suficiente para desenhar mundos onde há apenas a noite e pouco mais.
imagem daqui: diariodeummago.blogger.com.br
6 comentários:
Excelente texto. Muito poético ( a chuva traz a melancolia).Parabéns.
Queria dizer-lhe que há um Selo no Marcas para este Blog. Cumprimentos.
me encanta o título do blog. Você lida bem com as palvras.
abç
Gustavo
Paulo: Muito obrigada pela gentileza, espero continuar a "instigar" quem por aqui passa, essa troca faço-a com enorme prazer.bjo
PapagaioMudo: Obrigada e bem vindo a este espaço!
Tenho gostado desta chuva recente.
Gostei muito da imagem do Uruguai (mesmo que os edifícios sejam portugueses, no meu caso). Nunca fui ao Uruguai :) Mas acho que há uma praceta por aqui perto com essa designação.
Beijinhos (hoje de manhã choveu bem!)
Ana Paula Sena:Pois há aqui perto e em Lisboa também, se calhar foi isso mesmo a memória dessas outras pracetas. nunca fomos ao Uruguai mas à praceta sim. engraçado.bjo
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