Bem, vou a banhos, deixo-vos com as gaivotas...
quinta-feira, 29 de julho de 2010
domingo, 25 de julho de 2010

foto: Raymond Depardon
segunda-feira, 19 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010
há muitas coisas que ganharam um novo valor diorético ou terapêutico, o valor catártico: assim: a arte tem valor porque é catártica, a dança também, a ginástica, a conversa, o sexo, os diários, os blogues, ir à praça, ouvir música, comer chocolates, roer as unhas, fumar, "yogar", enfim ,dentro do saco está uma infinitude de atitudes, gestos, hábitos, práticas, etc. A coisa catártica é assim absolutamente vital e plural. Comungo. Tenho um imenso amor às minhas catarsezinhas, pequenas e redondinhas, razoavelmete correctas. O meu cigarro, a minha natação, os meus discursos indignados em prol da igualdade. Aristóteles falava do efeito catártico das tragédias, nelas o herói era sublime e também heroicamente castigado pela hybris. O efeito catártico estaria nisto, por maior que fosse a nossa dor individual, um outro com o qual todos nos identificávamos tinha uma dor maior, incomensuravelmente maior e sem esperança, libertavamo-nos assim da nossa dor individual por um efeito de empatia para com a dor do outro. Interessante verificar que hoje o efeito catártico é obtido em actividades razoavelmente solipsistas e relaxantes, ao contrário da tensão suprema sentida por mor da participação na tragédia. Tensão/empatia, Distensão/ Nenhuma empatia. Assim poderia ser equacionado o problema. Daí, considerariamos catártico o que é incontrolável e nos dá prazer, numa espécie de selvageria egocêntrica. Arrrrr, mas a coisa dantes funcionava através do outro. a tensão era vivida por nós face ao outro. Os estudos americanos que dão a empatia como um comportamento em extinção nas novas gerações são preocupantes but... just look around.
domingo, 11 de julho de 2010

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Fotografia de Anders Petersen
quinta-feira, 8 de julho de 2010

Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Vinicius de Moraes
segunda-feira, 5 de julho de 2010

fotografia de August Sander
sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quero revoltar-me contra o capitalismo desbragado e sem limites!
Dizem.nos, estas mentes de gravata que povoam os telejornais, que tudo se vende e tudo se compra, tudo tem um valor de mercado, nada está acima do capital, pois anda tudo amalucado com o dinheiro, desculpem-me a afasia, em terra de galos de capoeira convém chamar o dono, como dizia Kant, tudo tem um preço menos a dignidade, a dignidade não tem preço no mercado de acções porque o seu valor é intrínseco não pode ser substituído por outro. neste caso da conversa das empresas, já não é só portuguesa a PT mas sabe-nos bem crer que sim, fomos nós que a ajudámos a crescer, e sabe-nos bem sentir que o governo também crê que sim, é uma questão de dignidade e aí o discurso capitalista é só oco e repetitivo.
fotografia de Christopher Anderson
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