quinta-feira, 22 de julho de 2010



E ao anoitecer

e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia

AlBerto

7 comentários:

S disse...

Belo entardecer, principalmente se for acompanhado de uns dias de férias!
:)

nightcrawler disse...

Como eu gosto de Al Berto...

R. disse...

O anoitecer, o crepuscular, a obnubilação dos sentidos... a transformação que o momento traz consigo. AlBerto dizia-o extraordinariamente.
Excelente escolha.
Abraço a entrever o fim-de-semana.

Rui disse...

e não se vai a magia com a manhã

Rosa dos Ventos disse...

Belo poema!

Abraço

ana p disse...

Al Berto é sempre uma escolha perfeita...
Bj

via disse...

ss:os entardeceres de julho, belo...

nightcrawler: me too

R: Olá!Al Berto, o nome, (nunca percebi porquê)é separado, escrevi-o junto também, porque faz mais sentido. tens razão, um poeta da metamorfose, do tempo e dos seus efeitos devastadores, do momento e do desejo Bom Domingo!

Rui: a manhã e a tarde, já para não falar na noite, a magia não se gasta nem tem proprietário.

Rosa dos Ventos:e salva-nos a poesia, soergue-nos de bruços sobre as coisas. Abraço!

Magnólia: comungamos do mesmo gosto, pena que em vida não o tenham respeitado mais!Bjo