segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer

A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.

Alexandre O'Neill

4 comentários:

hlelebre disse...

Gosto. Muito.

R. disse...

via, " a meu favor" partilho contigo o gosto pelo O'Neill (na verdade, eu, pela minha parte, adoro-o). Reconheci-o às primeiras sílabas e, por tudo isto, acho que não poderia haver melhor post.

Obrigada por trazê-lo aqui. Nunca é demais encontrá-lo.

Abraço grande e muito grato pelo encerrar perfeito deste dia.

Anônimo disse...

De repente este mar foi um infinito onde fiquei a saborear este poema que me levou tão para trás!

g

via disse...

hlebre: ele, o poema, agradece do fundo do seu coração.thanks, disse-me, falando em inglês.

R: Obrigada, já trocámos na blogosfera palavras do O'Neill e elas não se esgotam, são sempre surpreendentes.Abraço.

g:é verdade que estes poemas gravam-se na memória, as frases, como se as tivéssemos escrito algures, ou pensado.