domingo, 1 de janeiro de 2012

ao verbo e à fortuna



ano novo e vida a estrear. vida ainda embrulhada em papel celofane para não partir com as curvas e os solavancos da viagem, percursos sinuosos nem sempre evitáveis. Esfarelámos bolachas para encontrar o caminho de volta mas como na história da Gretel, os pássaros comeram, os pássaros comem, em geral, quando não comem põem-se a voar, não deixa de ser um facto estranho, que haja pássaros e na noite se porem a voar. este ano muitos dos meus amigos optaram por passar o ano sozinhos nas suas casas, quartos, salas, janelas com vista de cidade e de estrada, vontades várias, porque ninguém está sozinho quando o coração o puxa para um lado ou outro, vamos estando com os ferozes rumores, batendo latas na janela mais alta, para espantar os fantasmas. A janela mais alta não é muito acessível, há que pôr vários bancos em equilíbrio subir-lhes para cima e daí sim, a vista pode ser diferente. A todos eles. Tchim Tchim! ao verbo e à fortuna!

3 comentários:

hlebre disse...

Boas estreias. As que não forem que sejam boas continuidades!!! Ano Pródigo e Feliz!!!

via disse...

hlebre: boas, sejam elas quais forem, e não é o que todos queremos? querer não é ter nem poder,mas se for desejo substantivo já não é mau. Ano bom para ti.

R. disse...

e aos eternos recomeços! Com ou sem ano novo, estrear a vida é sempre possível.