
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

hoje na biblioteca atendeu-me uma nova funcionária, tinha um ar carrancudo, as mãos papudas e as unhas grandes, até aí tudo bem, são muitas as funcionárias de biblioteca de ar carrancudo e unhas grandes, o modo como pegou nos livros entre o cotovelo e o peito, alertou-me para a deficiência, o braço esquerdo estava imobilizado, quando se levantou com muito custo o seu corpo abanou, melhor, oscilou de tal modo que pensei que ia cair, mas contra toda a evidência equilibrou-se e aos livros debaixo do braço, depois de uma série de equilíbrios in extremis motivados pela sua paralesia parcial das pernas, lá conseguiu desmagnetizar os elementos e entregá-los escrevendo com a direita no computador. Fiquei muito tempo à espera mas não me importei nada, ali estava um exemplo bom, uma coisa bonita de se ver. Respirei melhor, gosto muito de bibliotecas, cresci a olhar para livros, a sentar-me naquelas mesas a cheirar a cera e a deixar-me vaguear naquele silêncio. As bibliotecas hoje são mais luminosas e menos bafientas mas continuam a ter aquela suspensão do tempo que me é cara. Os óculos grossos da funcionária lembraram-me que o prazer de ler nos ensinou, possivelmente às duas, a ser tolerantes e a tratar com infinito respeito esses objectos que o tempo todo do mundo depositou ao nosso colo para com eles retomarmos um diálogo infinito, titubeante, às vezes ensurdecedor, sempre compensador.
domingo, 15 de fevereiro de 2009

Fotografia de Nana Sousa Dias
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009

No deserto teatral a que "A CRISE" parece ter-nos colocado, o riso é mais que um oásis, é um pôr-se de cócoras e despir as calças!! yops
sábado, 7 de fevereiro de 2009

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Hoje acordei cega, completamente cega, às apalpadelas lá me dirigi à casa de banho mas esqueci que a porta do quarto estava fechada (coisa inabitual) e choquei de frente,
Frederico II da Prússia iria contratar-me todas as manhãs, doravante, e a partir deste precioso momento, para cantar em alemão todas as madrugadas, não propriamente eu mas ao Galo que há em mim e que é poliglota,
e acrescento que o galo também teve outro efeito para além do de me arranjar emprego em terras prussianas, abriu-me rapidamente os olhos!
moral da história: quem pode cantar! emigra!
ou será que quem não vê é como quem não canta!
ou ainda quem fecha uma porta descobre uma capoeira!
nã sei
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