Caldas a meio de coisa alguma, entre névoa e ligeira náusea trazendo-me suavemente à beira da fruta e do legume gozou da fama de ter louça arriscada, bastou distrair-me com as cerejas para tropeçar nos galos, e daí à catástrofe foi um piscar de olhos, parti dois, como quem nem é da terra e desculpe lá, mas vai ter que pagar, conversa pra aqui e prali o dinheirinho atirado para o lixo surpreendido, juntamente com a faiança a imitar penas, porque penas, digamos, verdadeiras penas, tive-as eu de andar a cheirar a fruta sem olhar à bicharada. há quem parta corações e quem parta loiça, que se há-de fazer? cada um é para o que nasce, cada um nasce não se sabe para quê e o sol quando nasce não é para todos ou calhando nem é nada disto. vai de perguntar à loiça e ela responde, a das Caldas responde sem hesitar, a chamada resposta de ponta...
4 comentários:
Feira Nova, Valongo, uma tarde como todas as tardes no Feira Nova. Distrai-se uma pessoa com os caldos de carne e de galinha e de marisco e da horta e o carro das compras não trava. Parou-o uma palete de caixas de vinho, das de sete e meio. Cai uma e todo o Feira Nova converge para aquele canto e para o mar de tinto que ali se formou. É particularmente intensa a reprovação nos olhares do Feira Nova, à tarde. Olhares que pesam e sente-se esse peso enquanto nos vamos afundando.
pois eu sou mais perita
em levantar-me no restaurante e levar a toalha de mesa de arrastão com os respectivos conteúdos, sólidos e líquidos
) as toalhas agarram-se a sítios absolutamente impensáveis,!
reparo agora que cada um tem a sua especialidade, uma espécie de... hum...
tendência performativa, será!?!
( o pior é, de facto, ser o artista a pagar!!!
~
Lol
Bonito, bonito...
:D
Lindo de se ver mesmo...
Rui: essa também foi de antologia, são as chamadas atracções fatais!
-pi;querias guardar o jantar todo, tem sentido, trazer tudo para casa!
o dono do restaurante é que não tem a mesma opinião, se calhar!!
anonyma: foi, lindo de morrer, de ir às lágrimas mesmo. de raiva!!
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