quarta-feira, 24 de novembro de 2010

os trabalhadores

a médica discorria sobre o seu estatuto, sim, funcionária pública, sem dúvida,
como me enfadam estes títulos. como "trabalhadores" na boca do Carvalho da Silva me enfada, como me enfadava o FMI há uns 20 anos, na cassete Cunhal! Finalmente chegou! O FMI, ei-lo! O banqueiro usurário. Esta é a velhíssima história que nos contavam quando tínhamos 5 anos, a velha história do Hensel e da Gretel, comeram muito chocolate e veio a bruxa má e comeu-os a eles!Tudo isto é ridículo! Esta catástrofe de déficits e contas. Ninguém percebe, mas as medidas de austeridade são necessárias, como o café é preciso e o pão. mas a natureza humana, a nossa aqui, não se pode reduzir ao essencial. Como respondia o Rei Lear à sua malvada e ingrata filha: julgas que não são necessários guardas para me protegerem? São necessários os vestidos bordados quando tens apenas frio e te bastava um casaco? Não nos podemos reduzir a "trabalhadores", áquela mitologia do operário. O operário vai passar férias a Cancun. e ainda bem. chegou a altura da sociedade se unir e uns ajudarem os outros. os despojados, os Lear atraiçoados têm subsídio de desemprego. O que temos de ver é o tipo ao nosso lado e deixarmo-nos de greves. das contas deve e haver.
a foto é do Egleston

3 comentários:

José María Souza Costa disse...

Estava lendo a sua cronica, "cronicada".Muito boa. Interessante o seu blog.Estou lhe convidando a visitar o meu blog, e se possivel seguirmos juntos por eles.Estarei grato esperando por vc, lá
Abraços de verdade

R. disse...

Nem mais, via. E não vamos lá com discursos anacrónicas e egoístas, na boca de sindicalistas que não defendem trabalhadores mas sim direitos escandalosamente assimétricos(mas porque adquiridos devem ser intocáveis!) que protegem quem já passa bem e ignoram quem pena. Carvalho da Silva e afins não representam 'trabalhadores' precários, porque esses não podem dar-se ao luxo de fazer greve...

via disse...

José Maria Sousa Costa: Obrigada pelo comentário.

R: sim, estes trabalhadores/operários são os joguetes de políticas do empurra! não são credíveis.