
Era miúda, e a minha mãe já me falava dela, da mulher dos olhos violeta, depois cresci, e não percebia no Tchnicolor da Cléopatra se eram de facto violeta, os olhos, ainda hoje não consigo descortinar, a minha mãe dizia que eram únicos e esse mistério ficou. Vi muitos filmes, mas não me encantava a sua voz de falsete, a sua figura abonecada, nem na meia idade do "Quem tem medo de Virginia Wolff" , me rendi ao seu talento de actriz, mas os olhos, sim. os olhos, e aquele cinema todo que ela atravessou, o Tenesse Williams, o acidente do Montgomery Clift, antes magnífico, depois tolhido pelas cicatrizes, esse cinema de grandes dramas psicológicos e de não menos grandes dramas na vida real em que tela e vida se misturavam numa só representação. O actor/personagem trazia o poder de alimentar os sonhos e de os consubstanciar com o que tinham de magnífico e trágico. agora, compreendemos melhor que essa dimensão se apagou.
5 comentários:
Um símbolo.
Beijinhos.
Uma vida que dava um filme :)
~CC~
A Liz era realmente bonita.
À época, a exploração dos amores das vedetas e da conturbação das relações afectivas já era explorada, embora sem o exagero da actualidade.
A Liz era muito bonita.
Bjs
Talvez te agrade este vídeo, no site do NYTimes
http://video.nytimes.com/video/2011/03/23/movies/100000000740860/looking-back-at-elizabeth-taylor.html?WT.mc_id=MO-D-I-NYT-MOD-MOD-M194b-ROS-0311-L2&WT.mc_ev=click
Beijinho e bom fim-de-semana.
Ana Paula Sena: Ena! Há tanto tempo que não tinha notícias tuas!!bjos
CCF: Há-de dar, ou uma série para TV. estas coisas são sempre rentabilizadas.
JPD: Mas nesse tempo toda a gente falava das vidas e cofundia com as histórias dos filmes, já não era ela que tinha casado mas a Cleópatra e o marco antónio!Bjos
R: Já vi,emocionante,thanks
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