domingo, 12 de junho de 2011

desassossego.

O palco passa da escuridão quase total para a luz das feiras, os olhos temem, mau presságio, não há que brincar ao fecha e abre pupila. No espectáculo as palavras são demais, tornam-se morfologias em retalhos , como pedaços de corpos, decepados, lamentos ao ponto exaspero, pela repetição, tout court..serão os eflúvios da vodka? não, continuo a não aceitar a chapa, o actor que fala para o público.Este texto do Bernardo Soares não é teatralizável. ponto. há belos textos que não são textos de teatro,porquê? porque é um exercício de metáforas espantoso, um texto a dialogar consigo próprio, sem fim, nem é de espelhos que se trata, das múltiplas faces, não. é o mesmo, o mesmo em variações metafóricas. ensaio. sobre si, virado às entranhas.O gesticular expressivista, é desajustado, queria-se contenção. nada no texto é expressão.e depois quanto a mim, espectadora, sempre bem tratada nesta casa de arte que é a Comuna, não é elementar tratarem-me como rebanho. (aparte subjectivo e angélico), ou será?

2 comentários:

Rui disse...

nunca é

via disse...

rui: também me parece...