domingo, 17 de julho de 2011

Parábola do homem do saco




No caminho a mulher perguntou:




- E se ele não volta à terra?




-Se não voltar à terra poderás dizer que se afogou no mar.




-Como podes dizer isso?! eu não quero que ele se afogue no mar.




O homem mudou o saco para o outro ombro e disse cansado:




-Essas coisas acontecem.

foto: Vivienne Westwood por Annie Leibovitz






5 comentários:

jp disse...

Imagina! A infinita quantidade de coisas que aconteceram, acontecem e até poderão vir a acontecer nestas tuas poucas palavras.

Tudo depende de quem lê!

Viva a liberdade!

Alberto Oliveira disse...

... não comes a sopa toda, chamo o homem do saco*! disse a mãe mastigando um pedaço de bife mais duro que sola da tropa, para o filho de tenra idade. Aterrada, a criança comeu a sopa em três tempos. O homem do saco esperou, esperou por uma chamada telefónica que nunca mais chegou. Desiludido, no restaurante mais próximo, pediu uma dose de miudos de mãe-galinha.

*Figura mítica que noutros tempos era invocada para pôr as crianças em sentido.

S disse...

Sempre gostei da Leibovitz.

(no mar não, que é o pior dos pesadelos...)

pixel disse...

Gosto muito da Anne Leibovitz em todas as suas fases :)
No mar tb não. Concordo e conjuntamente com o fogo será o pior dos pesadelos:(

Gosto do seu blogue :)

via disse...

jp: as parábolas são mesmo assim, deixam tudo em aberto. bjo

legível:é verdade, o papão.

ss:também gosto muito da leibovitz e do mar, do resto só na história.

eu. Obrigada pela gentileza. e, concordo,´são mesmo pesadelo, mas acontecem, os pesadelos acontecem, não so como pesadelos mas acontece aquilo que neles acontece.ehehe (nada confuso)