
sábado, 27 de fevereiro de 2010
ao ataque do museu

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Os 50
fiz 50 e entrei em pânico. total. as mãos e as rugas em redor da boca parece que cavaram canais, de repente perdi faculdades (a única que não perdi e que parece ter aumentado é a de sofrer, magoar-me terrrivelmente e passar uns dias a gemer baixinho e a fugir não sei para onde) a idade, certo, parece o discurso da costureira despeitada, perdoem-me, não sou costureira mas a minha mãe sim, era costureira, ficou-me o dedal da hereditariedade, costuro como ela costurava, no éter eu, ela no pano, eu na caixa de ferramentas das palavras, com a caixinha dos alfinetes ela, eu toda susceptibilidades e emoções,ela saia-casaco. sou um caso definitivamente perdido para a costura, embora houvesse tentativas, aliás, sou um caso perdido para muitas coisas e essa verdade acabadinha de encontrar lembra-se agora de nos entrar pelos olhos dentro.Sei, não há interrupções na estrada, caminha-se simplesmente.Mas aos 50 há um deslizamento de terras, por ali já não podes continuar. uma pequena catástrofe individual. até me sinto com má consciência trazendo à baila um tema que só interessa às mulheres da minha idade e quiça nem a elas, quando há verdadeiras catástrofes a acontecerem, mas é assim, já contribui para a Madeira, agora deixem-me comprazer nas minhas efabulações.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
medicamento

Picasso: No quarto do doente.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
aos namorados,amantes, apaixonados, danantes,sonhados, ruidosos,amantes,calados.

Vaza-me os olhos: continuarei a ver-te,
Tapa-me os ouvidos: continuarei a ouvir-te,
Mesmo sem pés chegarei a ti,
Mesmo sem boca poderei invocar-te.
Decepa-me os braços: poderei abraçar-te
Com o coração como se fosse a mão.
Arranca-me o coração: palpitarás no meu cérebro.
E se me incendiares o cérebro,
levar-te-ei ainda no meu sangue
Rainer Maria Rilke (1875-1926)
duas notas

Alternativa de notícia: um estudo sobre a Escola Pública, como estamos a acabar com o Bom Ensino Público pressionando os professores para não reprovar,como andamos a enganar-nos com índices de alfabetização falsos, como andamos a dizer que o ensino é para todos mas em vez de ensino temos fábricas para entreter as horas vagas, fábricas onde a expectativa é nula e a exigência nula, como nos deixámos iludir pela avaliação docente e esquecemos as regras básicas de quem estuda, como a de que não há progresso sem esforço.Vá! Mexam o rabo. Vão às Escolas!
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
comunidade

2 para quatro nã! 1 para quatro, nem pensar! as opiniões passaram de convergentes a divergentes, tudo por causa de uma casa e banho, (bem se faz o pudor, com paus de dois bicos). realizo então que a higiene e outras funções "poéticas" são a parte menos comum de cada um e, no entanto, é exactamente o contrário por natureza, mas a questão é toda mental...quero dizer, a intimidade, pensam as psiques, é o corpo e suas manias, e estas não podem ser partilhadas. Como se as casas de banho tivessem um orifício onde cada vez que alguém entrasse, uma chusma assistisse pelo ralo! A Vigilância está dentro de nós, o medo de fora é um reflexo da vergonha dos nossos pensamentos. não cheguei a dizer, mas acho que pensei, hoje deu-me para a psicologia, sorry, para a próxima falo do frio.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
a cidade

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