domingo, 21 de fevereiro de 2010

medicamento

pensar que um medicamento para o tratamento de quimioterapia custa 5.000 euros, um medicamento de superior necessidade para os doentes que precisam dele para viver mais uns anos ou, (nestes casos nunca se sabe) apenas uns meses, deixa-nos incrédulos, faz-nos parar para reflectir. Afinal, este valor superior da vida quando ameaçado tem logo algozes atentos para o negociar. São as farmacêuticas senhores, não há ninguém para dizer "O rei vai nu"? andam a roubar com a justificação de salvar? custa acreditar que este preço corresponda ao valor real do medicamento, ou se corresponde porque não se agiliza o processo de modo a torná-lo menos dispendioso? não interessa, diriam, porque se perde o lucro? é intolerável pensar no mercado das vidas, em quem utiliza a doença para enriquecer à sua custa, de novo me deixa céptica em relação ao grande capital, deixemo-nos de lérias, é o Estado a pagar, e o Estado somos nós todos, escravos destas leis viciosas do mercado.
Picasso: No quarto do doente.

5 comentários:

CCF disse...

É criminoso de facto, mas estes são dos que não irão parar à prisão.
~CC~

R. disse...

É esmagador... Subscrevo a ideia de "mercado das vidas", assim como a de que é preciso denunciar, protestar, alertar... porque só assim a mudança é possível e porque é também o papel que nos cabe enquanto cidadãos participativos. Parabéns, uma vez mais, pelo alerta para as questões prementes que, infelizmente, não constam das parangonas.

Ana Paula Sena disse...

Recentemente soube desses preços, através de um caso, não muito próximo mas real e tocante. Claro que fico revoltada. Como não ficar?!

Fazes um importante alerta. A pintura de Picasso é muito especial. Não conhecia.

Deixo-te votos de uma boa semana. E beijinhos.

mixtu disse...

leis do mercado...
interesses que convém desmascarar...
sin duda...

um tema que conheço...

abrazo serrano

via disse...

CCF: certamente irão continuar a alimentar as receitas à custa do monopólio de certos medicamentos e da absoluta necessidade dos doentes.

R: Não sei se a opinião pública tem força para mudar os interesses instalados, gostaria que sim, mas,parece-me que no nosso país a opinião pública é fraca e pouco esclarecida.Agradeço (c0mo dizem os brasileiros) essa sua forma de parabenizar.

Ana Paula Sena: é um dos primeiros quadro de Picasso, ainda estudante, engraçado pensar que possuía a técnica e prescindiu dela.Devíamos manifestar-nos mais contra o monopólio dos medicamentos.bjo boa semana

mixtu: pois é, esquecemo-nos dele e de repente,deparamo-nos com o absurdo e parece que todos pactuam com esse absurdo. quem cala consente, não vejo os governos a denunciarem a situação.