
quarta-feira, 28 de abril de 2010

sábado, 24 de abril de 2010
atmosferas

quarta-feira, 21 de abril de 2010
Joanna Concejo

Joanna Concejo (ilustração)
a palavra justa para descrever sensibilidade, será sensibilidade mas se não chegar então o melhor é colocar por perto uma figurinha, uma pequena poça de água, uma árvore muitíssimo despida ou, talvez , um suspiro, (como poderá ilustrar o suspiro?) ou um casaco velho com bolsos cozidos ao forro, uma meia com um buraco no dedo grosso do pé, uma borboleta esvoaçante ao redor do pescoço, os dedos finos abandonados sobre o parapeito da varanda. A sensibilidade usa-se ou deslumbra-se? descobre-se ou esconde-se na página seguinte? Uma delícia que vivamente se recomenda.
sábado, 17 de abril de 2010
Beauvoir e Lawrence

Simone de Beauvoir, em O Segundo Sexo, a propósito de D.H. Lawrence:
"macho ou fêmea, nunca deve procurar nas relações eróticas o triunfo do orgulho nem a exaltação do eu; servir-se do sexo como instrumento da sua vontade é um erro irreparável; é preciso destruir as barreiras do ego, ultrapassar os próprios limites da consciência, renunciar a toda a soberania pessoal.(...)o sexo não é ferimento ; cada um dos indivíduos é um ser complexo, perfeitamente polarizado; (...)o acto sexual é, sem anexação sem rendição de nenhum dos parceiros, a realização maravilhosa de um pelo outro."
a velhinha Simone com o seu feminismo militante, um livro que o ano passado fez 60 anos de publicação e é hoje considerado demasiado radical, volta a ser acutilante, numa época cheia de mariquices ego/relativistas de "eu acho" e "eu não acho" e "cada um acha", etc. A propósito dos casos frequentes nos tablóides de que há gente viciada em sexo. A questão de reduzir o sexo a um acto de consumação da conquista torna-o vazio. Sempre existiram esses comportamentos, basta lembrar-nos do D.Juan, mas enquanto no passado era crime moral e civil, hoje é de louvar, os viciados em sexo são secretamente invejados, porque há muita frustração na sexualidade e a frustração é terrível para deturpar o juízo. A repetição exaustiva do mesmo comportamento resulta do vazio que se instala no depois, como se o acto se esgotasse no momento e não trouxesse qualquer fulguração de mudança. Não se sai do eu, da imanência, depois de consumado, volta tudo a ser o que sempre foi, renovada a necessidade de conquista. A conquista dá a ilusão de poder satisfazer essa carência, mas é uma mera ilusão. Quando se faz do corpo um instrumento que só com o outro pode transcender a condição mais ou menos carente de que todos padecemos, libertamo-nos dessa ferida. Faz todo o sentido.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
confiança

quadro: Aleksandra Nowak, girl in black
sábado, 10 de abril de 2010
Millennium

quarta-feira, 7 de abril de 2010
férias

A quem fez tudo tão perfeito não posso deixar de tirar o chapéu. agradeço-te...
ai! hoje estou definitivamente piegas.
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