quarta-feira, 20 de outubro de 2010

segmentos de recta

neste mundo de Orçamento de Estado haverá tempo para outras vozes que não sejam lamúrias? outras vozes sem teatradas? Voto, não voto, passa, não passa? O discurso político, embaraça-nos, meus senhores. vamos nós de coração nas mãos, tontas, atrasadas para o bendito trabalho e em vez de uma musiquinha louca, uma diatribe cómica, uns parodiantes de Lisboa, (valha-nos o Portugalex), temos de ouvir variações infinitas do mesmo.agora não há nada a fazer, não batam mais! há quem pense, eu sou uma delas, que ninguém confia nesses políticos de meia tigela que se põem em bicos de pés por umas luzinhas de ribalta. A verdade é que deviam ter previsto o descalabro antes dele nos rebentar as mãos! Façam-nos o obséquio: Mudem ou deixem-nos! Tenho esta maldita impressão que a água correrá do mesmo modo, os job for de boys, as empreitadas, os investimentos e a banca governam, governarão. Os políticos falam.

Acelero o carro quando se mete conversa para o endividamento das famílias, e neste empreendorismo de cordel, as greves em França e o imposto europeu, tudo bem "shecado" dá um só coqueteile: a Europa tem boas maneiras e bons literatos mas está metida num capitalismo corruscante e vazio, para o qual homens são força de trabalho e os novos, a força, são poucos para pagar a factura dos velhos,que são muitos. para desanuviar tem de competir com uma China básica, vagamente histérica mas que tem a seu favor MASSA. ora a massa é a massa, seja em que sentido for, contra factos não há argumentos. A vista alcança o lado de lá, a Costa da Caparica e recordo a famosa e erudita frase tão oportunamente repetida no "Conversa na Catedral" Onde é que nos fo.....??Hein?!

3 comentários:

Unknown disse...

Há uma crise de liderança em toda a Europa.
Na origem da crise que nos atinge violentamente, há uma debilidade que não podemos esconder: a nossa fraqueza estrutural.
Tão poucas resistências, claudicamos facilmente a:
-roubos no sistema financeiro;
-agiotagem das agências de rating que determinam a subida dos juros da dívida soberana
Finalmente, colocamos em cima disto tudo políticos que elegemos por votação, oposição e abstenção que reagiram mal aos sinais; que estão exaustos e sem ideias; que levam uma eternidade a reagir (Como é possível que o exemplo inglês seja tão ignorado: veja-se o tempo que leva um governo a tomar posse e a começar a governar a seguir às eleições.
Chegamos assim às crise de aprovação do orçamento.
A este sufoco aprova-não aprova, esmagados por uma indecisão política inadmissível.

Estas demoras acentuarão a crise de representatividade e a acentuar a desacreditação dos políticos e da confiança entre eleitos e eleitores.
É inexorável.

Bjs

via disse...

JPD: pois estes atrasos, estes governantes avestruz que metem a cabeça na areia e fazem como a maioria dos portugueses, ainda podemos pedir dinheiro? então tá tudo bem. Já não podemos pedir dinheiro, então como vamos pagar as dívidas que já contraímos? política irresponsável, a minha mãe fazia melhor e não tem curso de economia. bjos

R. disse...

Subscrevo-te e sublinho o apetite voraz da comunicação social por tudo quanto é desgraça. Felizmente o país é muito mais do que nos informam. A 'informação' é sádica e mesquinha.